Azul (AZUL4) tem novo dia de derrocada das ações após decepção com oferta de papéis
Ações da Azul registram nova forte queda após captação de recursos abaixo do esperado. A diluição de 61% e a pressão sobre o preço das ações aumentam preocupações sobre a reestruturação da companhia.
Ações da Azul (AZUL4) enfrentam nova forte queda nesta sexta-feira (25), após despencarem cerca de 25% na véspera.
A emissão de novas ações não atendeu às expectativas, resultando em uma queda de 11,02% para R$ 2,10 às 12h50 (horário de Brasília).
A XP Investimentos aponta que a baixa demanda dos acionistas fez a captação de recursos ficar abaixo do esperado, resultando em uma redução modesta da alavancagem — apenas 0,4 vez na relação dívida líquida/Ebitda.
Alguns pontos importantes sobre a diluição:
- Diluição total de aproximadamente 61%, incluindo bônus de subscrição;
- Emissão dos arrendadores;
- Equitização de 35% dos títulos de 2029/30;
- Aumento de capital privado.
Como a nova oferta não alcançou US$ 200 milhões, os 12,5% restantes dos títulos de 2029/30 não serão convertidos em ações, levantando dúvidas sobre a reestruturação.
A Genial Investimentos destaca que a entrada de capital foi aquém das expectativas, essencial para reforçar liquidez.
O BBI ressalta a ausência de investidor estratégico e a pressão vendedora sobre os papéis devido à conversão de dívida em capital, que disparou as taxas de aluguel de AZUL4.
Sobre o codeshare com a Gol (GOLL4), o BBI não espera que impacte a decisão do Cade sobre a potencial combinação de negócios e acredita que o acordo será aprovado, com ressalvas sobre os slots no Aeroporto de Congonhas.
No geral, o BBI mantém preferência pela Azul, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 5, enquanto a Gol recebe classificação de venda com preço-alvo de R$ 0,50.