Azzas 2154 não vê impacto material de tarifas dos EUA e quer tornar Farm global
A Azzas 2154 confirma que as tarifas dos EUA não terão efeito significativo em seus resultados, enquanto planeja a expansão global da marca Farm. Lucro líquido no segundo trimestre cresce 81,7%, superando expectativas de analistas.
A Azzas 2154 (AZZA3), dona de marcas como Farm, Schutz e Arezzo, informou que as tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros não terão impacto material em seus resultados. O presidente-executivo, Alexandre Birman, comentou em teleconferência nesta sexta-feira.
A empresa iniciou, em 2023, uma desaceleração estratégica no segmento de calçados e bolsas, reduzindo a distribuição para menos de 8% das vendas deste segmento. Isso equivale a menos de 2% do total.
No curto prazo, a empresa está focada em entregar produtos e já aplicou um reajuste de 30% nos preços da coleção de primavera. Birman afirmou que a Azzas é ágil em suas operações e que mudanças não afetarão os resultados consolidados.
Sobre a marca Farm Rio, Birman comentou que a empresa já sente o impacto das tarifas dos EUA, mas compensou parcialmente com reduções de preços e realocação de produção para países com tarifas menores.
Birman destacou que a Farm está se expandindo globalmente, com crescimento de 35,3% no mercado internacional no segundo trimestre, especialmente na Inglaterra. Ele expressou planos futuros para entrar em outros países europeus e na Ásia.
No segundo trimestre, a Azzas registrou um lucro líquido recorrente de R$283,7 milhões, alta de 81,7% ano a ano, e um Ebitda recorrente de R$535,6 milhões, com expansão de 9%. Analistas do Santander comentaram a superação das expectativas, enquanto a Ativa Investimentos viu o resultado como misto.
A empresa anunciou a nomeação de Eric Alencar como novo diretor financeiro, sucedendo Rafael Sachete, que assumirá a vertical de calçados e bolsas.
As ações da Azzas caíram 7,7% às 14h10, cotadas a R$35,12, enquanto o Ibovespa tinha queda de 0,16%.