Azzas: mercado vê fusão ‘sob neblina’ e ação cai 10% após rumores de ‘divórcio’
A Azzas 2154 enfrenta desvalorização acentuada e rumores de cisão administrativa, levantando dúvidas sobre a viabilidade da fusão. Executivos de Arezzo e Grupo Soma lidam com conflitos internos que podem afetar a estratégia e a sinergia entre as marcas.
Incertezas na Azzas 2154 (AZZA3): A fusão entre Arezzo e Grupo Soma completa um ano, mas analistas apontam falta de visibilidade nas sinergias e discordâncias entre os executivos.
Desde o anúncio da fusão, o valor de mercado da Azzas caiu para R$ 4,4 bilhões, uma desvalorização de 66%. A ação teve uma queda de 10,42% nesta sexta-feira (14), acumulando uma desvalorização de 26% em 2024.
Rumores indicam um possível “divórcio” nas operações, devido a divergências de gestão entre Alexandre Birmann (Arezzo) e Roberto Jatahy (Soma), com assessores legais já atuando.
A Azzas declarou que não comenta rumores e continua focada em suas diretrizes estratégicas.
Analistas alertam sobre o ritmo lento na captura de sinergias e o impacto nos resultados, com margens pressionadas por liquidações e despesas de marketing.
No último trimestre, o lucro líquido reportado foi negativo, resultando em uma queda de 36% em comparação anual, contrariando expectativas. A expectativa é que 2025 traga receitas adicionais com as sinergias.
Na fusão, os acionistas da Arezzo possuem 54% da Azzas, enquanto os do Grupo Soma possuem 46%. O conselho conta com sete membros, incluindo o cofundador da XP, Guilherme Bechimol.