B3 tem lucro de R$ 1,28 bilhão no segundo trimestre; despesas crescem quase 16%

B3 registra crescimento no lucro líquido recorrente

No segundo trimestre, marcado pela maior volatilidade dos mercados e aumento das despesas, a B3 teve um crescimento de 4,2% no lucro líquido recorrente, totalizando R$ 1,28 bilhões.

O lucro atribuível a acionistas subiu 6,6%, alcançando R$ 1,32 bilhões. A receita permaneceu estável, com leve avanço de 0,7%, chegando a R$ 2,7 bilhões.

Segundo André Milanez, diretor-executivo financeiro, o crescimento foi "mais tímido" por conta de uma base de comparação forte, mas ainda assim "satisfatório". A empresa se beneficiou de receitas não recorrentes e volumes históricos de negociação com derivativos.

As despesas cresceram 15,8%, totalizando R$ 884,3 milhões. Milanez afirmou que, apesar do aumento, as despesas devem permanecer dentro do projetado, entre R$ 340 milhões e R$ 440 milhões.

Os custos foram impactados por:

• Correção de salários e provisões judiciais
• Gastos com incentivos ao Futuro de Bitcoin
• Repasses de financiamento de veículos
• Maiores gastos no segmento de dados

O segmento "mercados" obteve receita de R$ 1,8 bilhões, com crescimento de 0,4% na base anual. Em renda fixa e crédito, houve crescimento de 13,5% nas emissões e 17,9% no estoque de instrumentos, totalizando R$ 8,1 trilhões em custódia.

No mercado de renda variável, o volume financeiro médio diário foi de R$ 26,1 bilhões, alta de 9,2%. Milanez destacou que a volatilidade beneficiou o resultado, mas o ADV com derivativos caiu quase 3%.

Os segmentos "tecnologia e plataformas" e "soluções para o mercado de capitais" também mostraram crescimento, com receitas de R$ 460,6 milhões (12,6%) e R$ 159,8 milhões (2,5%), respectivamente. Já o segmento "soluções analíticas de dados" registrou um aumento de 1,1%, totalizando R$ 258,3 milhões.