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Bahia Asset vê Selic elevada e aposta em títulos de longo prazo atrelados à inflação

Bahia Asset Management aposta em NTN-Bs, prevendo queda nos juros longos e Selic mais elevada. Gestora acredita em resiliência econômica do Brasil frente à pressão inflacionária e guerra comercial.

Bahia Asset Management fez uma aposta em juros reais no Brasil, focando nas NTN-B, títulos públicos atrelados à inflação.

Agestora percebeu uma oportunidade nas diferenças entre taxas de papéis de prazos curtos e longos devido à pressão inflacionária e à nova postura do Tesouro Nacional.

O objetivo é um “achatamento” da curva de juros, com expectativa de manutenção da Selic em níveis altos por conta da atividade econômica.

Thiago Mendez, gestor da Bahia Asset, comentou que o Brasil pode ser menos impactado pela wars comerciais dos EUA, devido à economia fechada. “O juro real será alto no curto prazo”, observou.

A gestora está comprando NTN-B de 5 e 6 anos, enquanto vende as de prazos mais curtos. Mendez acredita que o mercado subestima a Selic, que pode subir 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões.

Se a previsão se confirmar, haverá pressão sobre as taxas reais mais curtas e um “prêmio” nas NTN-Bs longas. Desde o começo do ano, o Tesouro emitiu mais títulos para se preparar para a volatilidade futura.

O Tesouro vendeu 1,1 milhão de NTN-B em leilão recente, seguindo a mesma operação da semana anterior.

Mendez comentou que o maior risco do fundo está atualmente no Brasil, e a Bahia possui uma posição vendida apostando contra o dólar.

No exterior, apostas também se beneficiam de um dólar mais fraco em relação ao euro, prevendo impactos da guerra comercial na economia dos EUA.

Sobre a bolsa, a exposição à renda variável é vista como “pouco atrativa” comparada aos juros reais da NTN-B.

Até agora, as principais estratégias do fundo foram locais, focando na queda em juros reais e na alta da inflação implícita.

A Bahia Asset tem R$ 3,5 bilhões sob gestão; o fundo Bahia AM Marau FIC registrou retorno de 5,8% no ano, superando o CDI de 4,2%.

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