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Balança comercial brasileira pode perder US$ 10 bilhões com tarifa americana, calcula BTG

Relatório do BTG Pactual alerta para a possibilidade de perdas significativas na balança comercial brasileira devido a tarifas recíprocas impostas pelos EUA. Economistas destacam que setores dependentes do mercado americano, como agronegócio e bens de capital, seriam os mais afetados.

Balança comercial brasileira pode perder até US$ 10 bilhões devido a tarifas recíprocas dos EUA, segundo relatório do BTG Pactual.

Estudo assinado pelos economistas Iana Ferrão e Pedro Oliveira prevê:

  • Tarifa média de 5,8%: exportações brasileiras aos EUA poderiam cair US$ 2 bilhões em 2025 e US$ 3 bilhões em 2026.
  • Tarifa de 25%: impacto de US$ 8 bilhões em 2025, com queda estimada no superávit da balança comercial em US$ 10 bilhões.

Setores mais vulneráveis incluem:

  • Bens de capital
  • Automotivos
  • Café
  • Suco de laranja
  • Aeronaves
  • Agronegócio (proteínas, açúcar, etanol)
  • Commodities (petróleo, celulose, minerais)

A agência Fitch destacou que o Brasil tem alta chance de tarifas recíprocas devido às barreiras tarifárias que impôs aos produtos americanos. O país é um dos mais fechados do mundo, superado somente pela Argentina na América Latina.

Setores já protegidos por medidas não tarifárias poderão ser forçados a se abrir, impactando indústrias de:

  • Metais
  • Têxtil e vestuário
  • Máquinas e equipamentos
  • Madeira
  • Produtos plásticos

As principais diferenças nas tarifas entre Brasil e EUA ocorrem em produtos metálicos e vestuário, com diferencial superior a dez pontos percentuais.

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