Balança comercial: Houve avanço na corrente de comércio do Brasil com os EUA até julho, diz ministério
Apesar da nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, comércio entre Brasil e Estados Unidos registra crescimento em exportações e importações até julho. O diretor do Mdic avalia que a demanda americana é o principal fator desse aumento, mesmo com as restrições tarifárias.
Diretor do Mdic, Herlon Brandão, destaca avanço no comércio Brasil-EUA
No dia 6 de setembro, o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Herlon Brandão, anunciou que houve crescimento na corrente de comércio entre o Brasil e os Estados Unidos até julho.
Dados de Julho:
- Exportações: crescimento de 3,8%, totalizando US$ 3,7 bilhões;
- Importações: crescimento de 18,2%, alcançando US$ 4,3 bilhões.
No acumulado de janeiro a julho:
- Exportações: aumento de 4,2%, somando US$ 23,7 bilhões;
- Importações: total de US$ 26 bilhões, um crescimento de 12,6%.
A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi implementada nesta quarta-feira, mas há uma lista de exceção com quase 700 produtos.
Brandão enfatizou que a demanda dos EUA é um fator determinante para as exportações brasileiras. Embora a tarifa possa impactar o comércio, os dados até julho não refletem esse impacto.
Principais quedas nas exportações até julho:
- Açúcares e melaços: queda de 49,5%;
- Instalações e equipamentos de engenharia civil: redução de 20,8%;
- Óleos brutos de petróleo: queda de 17,9%.
Brandão também mencionou a possibilidade de um efeito antecipação por parte de exportadores, mas ressaltou que será necessário aguardar para avaliar os efeitos das tarifas a longo prazo.