Balanço do primeiro semestre: novas instabilidades globais e velhos desafios locais

Retomada das Políticas Protecionistas nos EUA

No primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos adotaram políticas protecionistas com aumentos significativos de tarifas sobre produtos importados, especialmente da China, União Europeia e México.

Tensões Comerciais Aumentam

Esses aumentos de tarifas exacerbam as tensões comerciais globais, afetando diversas cadeias produtivas, resultando em custos mais altos e maior inflação nos EUA.

Impacto nas Exportações Chinesas

As exportações da China sofreram uma queda nas vendas externas, com aumentos de estoques e necessidade de encontrar novos mercados.

Reação do Governo Chinês

A China respondeu com incentivos de crédito para estimular a demanda local e acelerou financiamento em várias áreas, como energia e novas tecnologias.

Efeitos na União Europeia

Setores como indústria automotiva e agricultura foram fortemente afetados, resultando em tensões diplomáticas e aumento do risco de uma guerra comercial prolongada.

Incertezas e Desglobalização

A incerteza empresarial pode levar a uma retração de investimentos e processos de desglobalização.

Impactos em Mercados Emergentes

• Incerteza pode impactar negativamente fluxos de capitais.
• Oportunidades de reposicionamento estratégico surgem.

Tensões Geopolíticas

A guerra Israel x Irã e outros conflitos podem elevar os preços do petróleo. Relatórios indicam possibilidade de aumento de até 30% nos preços, afetando diversos setores.

Desafios no Brasil

O Brasil enfrenta inflação elevada, que está em 5,32% ao ano, acima da meta do Banco Central, resultando em altas de juros e restrição de crédito.

Fatores de Sustentação da Demanda

• Despesas públicas em aumento podem sustentar a demanda.
• Programas de investimentos estruturantes são importantes.

Desafios Fiscais

A estabilização da dívida pública continua a ser um desafio, com carga crescente de juros e necessidade de um novo arcabouço de regras fiscais.

Conclusão

A discussão sobre regras fiscais sustentáveis se torna urgente, necessária para o futuro econômico do Brasil.

Estevão Scripilliti é diretor da Bradesco Vida e Previdência.