Bancada do PSD defende corte de incentivos fiscais para compensar IR

Senadores do PSD solicitaram que o governo Lula reduza incentivos fiscais a grandes empresas para compensar o aumento da isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.

Otto Alencar e Omar Aziz, senadores do partido, destacaram que 26 empresas concentram 46% dos incentivos e defendem que isso seja cortado para alcançar neutralidade fiscal.

Lula garantiu que o projeto não aumentará a arrecadação federal, mas realizará uma "reparação" social, beneficiando 10 milhões de pessoas que não pagarão imposto de renda.

O governo enviou o projeto para aumentar a faixa de isenção de R$ 3.036 para R$ 5.000, com validade a partir de 2026, se aprovado pelo Congresso.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou o dia de “extraordinário” e afirmou que se trata da 1ª reforma significativa sobre a renda no Brasil. Ele criticou a desigualdade, pontuando que o Estado "tira do pobre para dar ao rico".

A proposta inclui uma "escadinha" de alíquotas para rendimentos acima de R$ 600 mil, taxando os mais ricos e isentando quem ganha até R$ 5 mil.

A Unafisco Nacional estimou que a isenção custará R$ 51 bilhões aos cofres públicos, enquanto Haddad variou esses valores ao dizer que o custo poderia ser de R$ 25 a R$ 35 bilhões.