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Banco americano que apontou ‘dia da marmota’ no Brasil muda de ideia e volta a recomendar ações do país

JP Morgan reavalia ações brasileiras em meio a expectativas de recuperação econômica. O banco destaca a proximidade do fim do ciclo de alta dos juros e a potencial melhora do cenário global como fatores favoráveis.

JP Morgan reanalisou sua recomendação para ações brasileiras, após quase quatro meses. Em novembro, o banco rebaixou a recomendação para “neutro”, enquanto elevou o México para “compra”. Agora, a recomendação foi ajustada para “neutro” para o México e para “compra” para o Brasil.

Um relatório recente do banco explica essa mudança: “Fatores que favoreceram o México já ficaram para trás, enquanto novos fatores agora beneficiam o Brasil”. O JP Morgan enxerga um cenário global favorável, com um fim do ciclo de alta dos juros se aproximando e uma recuperação da China, que deve aportar mais capital em mercados emergentes, incluindo o brasileiro.

No relatório, assinado por Emy Shayo Cherman, destaca-se que a mudança é “tática, não estrutural”, pois o desequilíbrio nas contas públicas ainda persiste. O banco recomenda, especialmente, ações de bancos e do setor de utilidades (energia e saneamento).

Se os Estados Unidos evitarem a recessão, o cenário se torna positivo para países emergentes como o Brasil. Novos indicadores, como o crescimento do PIB e a valorização recente do real (de R$ 6,20 para R$ 5,70), contribuem para a redução da pressão inflacionária.

Além disso, a eleição presidencial de 2026 é vista como um “bônus” e a alocação em ações por investidores brasileiros está no seu menor nível histórico.

Sinais de melhora são esperados com o fim do ciclo de alta de juros. O banco observa que as empresas brasileiras estão sendo negociadas, em média, a sete vezes o lucro por ação, o que é considerado “barato” por analistas.

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