Banco Central acerta três vezes ao surpreender parte do mercado e subir os juros para 15%
Banco Central surpreende ao aumentar a Selic em 0,25%, reforçando compromisso com controle da inflação. Decisão mantém os juros elevados e abre espaço para novas altas, caso necessário.
Banco Central aumenta taxa de juros para 15% ao ano na reunião de 18 de outubro.
O BC surpreendeu o mercado com uma alta adicional de 0,25%, visando ancorar as expectativas de inflação.
Além disso, ficou claro que os juros permanecerão altos por um tempo prolongado, evitando interpretações errôneas de que poderiam cair devido a pressões políticas.
A instituição também deixou a porta aberta para um novo ciclo de alta, caso os preços não se alinhem à meta.
Embora o BC pudesse optar por manter a Selic em 14,75%, a alta adicional aumenta a confiança em relação ao controle da inflação no País.
O impacto no mercado de juros será residual, mas as expectativas de inflação devem ser significativamente influenciadas.
A decisão é coerente com os comunicados da reunião de maio, reforçando a cautela na condução da política monetária.
A pesquisa do BTG Pactual revelou que 51% das instituições apostavam na manutenção da Selic, enquanto 49% esperavam um aumento.
Mesmo assim, 62% dos participantes acreditam que seria correto elevar a Selic, evidenciando a necessidade de um ajuste residual.
A queda nas expectativas de inflação, de 5,5% para 5,25%, e na taxa do dólar não impede que o BC fortaleça a confiança no controle da inflação.
A independência do Banco Central sob o governo Lula é reforçada, garantindo sua função de manter os preços e proteger a moeda.