Banco Central dá sinais de que pode interromper aumento de juros com a Selic em 14,75%, dizem economistas
Banco Central sinaliza possível pausa na alta da Selic após atingir 14,75% ao ano. Economistas destacam incertezas sobre a inflação e a necessidade de cautela nas próximas decisões do Copom.
Banco Central eleva a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior patamar em quase 19 anos.
O Copom sinaliza que essa pode ser a última alta do ciclo, embora as projeções de inflação ainda estejam acima da meta de 3,0%.
A atualização da Selic ocorreu em meio à cautela e incertezas no cenário externo e interno. A nova projeção de inflação para 2026 é de 3,6%.
No comunicado, o BC menciona a necessidade de flexibilidade e reavaliação de dados devido à incerteza econômica. Cita também uma nova preocupação: a redução nos preços das commodities.
A economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, acredita que o ciclo de alta foi encerrado, sugerindo que a Selic restritiva já impacta o crescimento. Contudo, não há previsão de cortes em breve.
A economista do Banco Inter, Rafaela Vitória, e outros analistas apontam que o Copom deve ser cauteloso e aguardar os efeitos das altas anteriores antes de realizar cortes futuros.
Por outro lado, o economista-chefe da BTG Asset, Álvaro Frasson, expressa preocupação com as projeções de inflação ainda distantes da meta. Já André Muller da AZ Quest projeta uma nova alta em junho.