Banco Central diz que tarifas de Trump podem interferir na inflação brasileira
Banco Central analisa impactos de tarifas dos EUA na inflação brasileira. Possíveis cenários de valorização do dólar ou desaceleração econômica global afetam as projeções.
Banco Central analisou o impacto das tarifas comerciais dos Estados Unidos na inflação brasileira.
Em comunicado, o BC indicou que elas podem causar efeitos tanto para cima quanto para baixo no IPCA.
Do lado positivo, uma valorização do dólar e menor apetite por risco poderiam elevar a inflação. Em contrapartida, uma desaceleração do comércio global poderia beneficiar o real e reduzir as pressões inflacionárias.
No Relatório de Política Monetária (RPM), o BC destacou dois vetores:
- Pressões inflacionárias com câmbio depreciado e políticas econômicas internas.
- Cenário menos inflacionário devido a choques no comércio internacional.
O BC ressaltou que, se houver valorização global do dólar, pode haver pressão sobre o real, aumentando a inflação. Além disso, políticas fiscais que deteriorem a percepção dos agentes podem impactar as expectativas de inflação.
Por outro lado, uma desaceleração mais acentuada da economia americana pode reduzir a expectativa de alta nos juros do Federal Reserve e os preços das commodities. Isso ajudaria a fortalecer o real, diminuindo a inflação.
Antes do comunicado do Copom, alguns analistas acreditavam que o BC poderia considerar o risco de desaceleração global como um vetor baixista adicional.