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Banco Central eleva Selic e juros vão a 14,75%, maior nível em quase duas décadas

Banco Central justifica aumento da Selic para controlar a inflação persistente. Com essa decisão, os juros atingem o maior nível desde 2006, refletindo um ciclo de aperto monetário em andamento.

Banco Central eleva a taxa Selic em 0,50 ponto percentual

Nesta quarta-feira, a taxa Selic foi ajustada de 14,25% para 14,75% ao ano, seu maior patamar desde agosto de 2006.

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) marca a sexta alta consecutiva em meio à inflação elevada. Sob a liderança de Gabriel Galípolo, o BC já havia promovido três aumentos.

A alta da Selic era esperada pelo mercado. Pesquisa do Valor Pro com 124 instituições indicou que 117 projetavam o aumento de 0,50 pp.

No encontro anterior, em março, o BC havia sinalizado um aumento menor no ritmo dos juros, mas não especificou o tamanho. O BC ressaltou a necessidade de continuar o ciclo de alta em um cenário adverso para a inflação.

Os membros do colegiado afirmaram que a Selic tem um impacto restritivo no crescimento da economia, e "tateiam" para encontrar o nível ideal para garantir a convergência da inflação.

O Copom previu uma taxa de juros real de 9,4% em 2025, quase o dobro do nível neutro. Dados recentes sugerem sinais de moderação no crescimento econômico, influenciando a decisão da Selic.

Riscos globais, como o "tarifaço" dos EUA, e a distância entre as expectativas de inflação e a meta de 3,0% justificam a restrição monetária.

Atualmente, o IPCA acumula alta de 5,48% em 12 meses. Projeções do Boletim Focus indicam uma inflação de 5,53% para o fim de 2025.

Expectativas do mercado apontam para a Selic terminando 2025 em 14,75%, com previsão de um novo aumento em junho e um possível corte em dezembro.

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