Banco da Inglaterra (BoE) mantém taxa de juros inalterada em 4%
Banco da Inglaterra mantém juros em 4% em decisão dividida, enquanto riscos inflacionários e econômicos persistem. Situação preocupa Brasil, que também enfrenta juros elevados e questões fiscais que podem afastar investidores.
Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa de juros de referência em 4%, conforme esperado, com votação sete a dois. Swati Dhingra e Alan Taylor votaram pela redução de 0,25 ponto percentual.
No comunicado, o BoE afirmou que “a desinflação subjacente tem, de modo geral, continuado” e que observa riscos de alta em pressões inflacionárias de médio prazo. O crescimento econômico do Reino Unido está contido, com riscos domésticos e geopolíticos ainda presentes.
O BC britânico recomenda uma abordagem gradual e cuidadosa na política monetária, sem um caminho predefinido.
Impacto no Brasil:
- Juros elevados em mercados seguros atraem investidores, reduzindo o apelo de ativos arriscados, como os do Brasil.
- Com juros menores em economias desenvolvidas, há busca por maior rentabilidade, podendo beneficiar o Brasil.
- O Banco Central do Brasil mantém a Selic em 15%, mas espera-se possíveis reduções em 2024.
- Questões fiscais podem afastar investidores, especialmente estrangeiros, preocupados com riscos de calote.
- Crescentes incertezas nos EUA podem favorecer o Brasil, devido à Selic elevada e desempenho da bolsa.
Novas decisões do BoE:
O comitê aprovou por setor a dois uma redução no estoque de compras de títulos do governo em 70 bilhões de libras esterlinas, totalizando 488 bilhões de libras. Votação anterior viu a taxa de juros cortar de 4,25% para 4%.
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