Banco do Brasil (BBAS3): Goldman corta preço-alvo devido à pressão no crédito rural
Goldman Sachs revisa expectativas para o Banco do Brasil diante da deterioração da carteira rural, reduzindo previsão de lucro e preço-alvo. Apesar das incertezas, a instituição aponta potencial de valorização e dividendos a serem mantidos.
Goldman Sachs manteve a recomendação neutra para o Banco do Brasil (BBAS3), com ações que caíram 27% desde a divulgação do 1T25, negociando a 0,7 vez o valor patrimonial.
O preço-alvo foi revisado de R$ 25 para R$ 23 devido à pressão na carteira de crédito rural. Mesmo com a redução, o novo target sugere um potencial de valorização de 8% e um dividend yield de 6%.
O Goldman destacou a deterioração da qualidade dos ativos rurais, com os índices de inadimplência (NPLs) subindo de 0,5% no 4T22 para 3,0% no 1T25, com previsão de aumento no 2T25. As provisões devem crescer nos próximos trimestres.
As projeções de lucro líquido recorrente foram cortadas: 22% para 2025, 12% para 2026 e 4% para 2027, resultando em um lucro projetado de R$ 25,6 bilhões para 2025, 31% abaixo da estimativa anterior.
O payout projetado para 2025 é de 30%, abaixo da orientaçãode 40%-45%. O setor rural representa 33% do total do crédito do BB.
O JPMorgan também avalia o Banco do Brasil, considerando as expectativas desancoradas e riscos de deterioração do capital. Apesar de investidores pessimistas, os otimistas veem oportunidades devido à volatilidade eleitoral.
Sobre o Bradesco (BBDC4), o JPMorgan ressalta sua avaliação positiva e desconto atrativo em relação ao Itaú. No entanto, existem preocupações com a exposição ao segmento PME e a alta inadimplência.
O Itaú poderia se beneficiar de controles de custos, mas investidores preferem focar em crescimento de receita.