Banco Master diz que compra pelo BRB não é ‘uma necessidade’
Banco Master enxerga fusão com BRB como oportunidade estratégica para fortalecer sua posição no mercado. Críticos do acordo alertam para riscos de um possível resgate governamental devido à expansão agressiva do Master.
Banco Master anunciou um controversial acordo de aquisição com o BRB, visto como uma oportunidade de negócio, segundo o economista-chefe, Paulo Gala.
A fusão poderia criar a nona maior instituição financeira do Brasil, combinando o financiamento barato do BRB e a operação digital do Master.
Desinvestimentos em CDBs: Após o anúncio em março, investidores começaram a se desfazer dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do Master, que ultrapassaram R$ 10 bilhões nas plataformas de varejo.
Críticas: Críticos consideram o acordo um resgate governamental, já que o Master assumiu riscos altos para aumentar sua carteira de crédito.
Gala afirmou que há uma demanda explosiva por CDBs da Master, garantidos pelo FGC e com juros em média de 150% do DI.
Os CDBs foram descritos como “um investimento espetacular, com risco zero” e geraram lucros significativos para plataformas de varejo e agentes de investimento.
O Banco Master possui R$ 9,3 bilhões em precatórios e investimentos em pequenas e médias empresas, e seu crescimento foi possibilitado por um ecossistema de bancos pequenos inteiramente respaldados pelo FGC.
Gala ressaltou que o FGC é vital para fomentar a concorrência contra o monopólio de grandes bancos no Brasil, onde cinco instituições concentram 80% dos ativos.
Impacto da fusão: Se o acordo com o BRB for bem-sucedido, formará um conglomerado com mais de R$ 100 bilhões em ativos, o que preocupa os grandes bancos.