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'Bancões' veem crédito forte e risco ainda controlado

Os grandes bancos brasileiros mostraram resiliência e um crescimento de 11,9% em suas operações de crédito no primeiro trimestre de 2024. Apesar da pressão das altas taxas de juros e da instabilidade global, o lucro combinado das instituições chegou a R$ 28,2 bilhões.

Crescimento do Crédito nos Grandes Bancos

Os grandes bancos brasileiros apresentaram crescimento expressivo no crédito no primeiro trimestre de 2023, mesmo com o cenário global turbulento e taxas de juros elevadas.

Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil (BB) alcançaram um saldo de R$ 4,35 trilhões em operações até março, representando uma expansão de 11,9% em um ano. Em comparação com dezembro, o crescimento foi de apenas 0,3%.

Esse desempenho superou tanto as projeções da Febraban quanto as expectativas das próprias instituições, refletindo em um lucro líquido combinado de R$ 28,2 bilhões para os quatro bancos, alta de 7,3% na comparação anual. A margem financeira cresceu 5,8%.

O BB impactou negativamente o resultado, enquanto os bancos privados registraram um aumento de 22,6% no lucro. O BB enfrentou dificuldades com as novas regras contábeis IFRS9.

Executivos do setor estão otimistas para o futuro. A expectativa é que a Selic em 14,75% desacelere o crédito e aumente a inadimplência, mas isso ainda não é visível nos números. O novo consignado privado pode ajudar a suavizar essa desaceleração, com R$ 10,1 bilhões já concedidos na modalidade.

O CEO do Itaú, Milton Maluhy, destacou o papel do consignado privado na economia, afirmando que o banco busca uma fatia adequada no novo mercado.

Embora o cenário macroeconômico tenha trazido desafios, a inadimplência se mantém controlada. O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou que a instituição está com tração em todas as linhas de crédito.

No segmento de crédito para pessoa jurídica, o impacto é mais negativo, especialmente no agronegócio. O CEO do Santander, Mario Leão, não prevê uma crise de crédito, mas reconhece a piora em portfólios específicos.

O BB viu a inadimplência no agronegócio subir de 2,45%% para 3,04%% em março, o que é motivo de preocupação. Enquanto isso, o crescimento do crédito supera as projeções, mas CEOs não planejam revisões para cima devido à incerteza futura.

Os gastos com tecnologia permanecem altos, com um aumento de 9,2% nas despesas operacionais, atingindo R$ 46,9 bilhões.

Desembolsos do BNDES tiveram alta de 8% no primeiro trimestre.

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