Bancos ainda ignoram organizações da sociedade civil, que representam 4,2% do PIB
Pesquisa revela que organizações da sociedade civil enfrentam barreiras significativas ao se relacionar com bancos, desde burocracias excessivas até falta de atendimento especializado. Com mais de 897 mil OSCs no Brasil, a falta de suporte adequado compromete suas operações e impacto social.
Organizações da Sociedade Civil (OSC) enfrentam barreiras no relacionamento com bancos, como exigências excessivas e falta de clareza nas informações.
Uma pesquisa do OSC LEGAL Instituto revelou que as OSCs, responsáveis por 4,27% do PIB do Brasil, têm dificuldade para acessar serviços bancários essenciais.
As principais questões incluem:
- Exigências documentais semelhantes às empresas;
- Incompatibilidade de comprovação de renda;
- Falta de padronização de regras bancárias;
- Dificuldades na liberação de cartões de crédito.
A pesquisa apontou que 48% das OSCs enfrentam dificuldades com regulamentos bancários, e 57,2% consideram o atendimento como abaixo do razoável.
Os serviços mais utilizados são:
- Gestão financeira;
- Investimentos;
- Recebimento de doações;
- Suporte financeiro.
Problemas adicionais incluem:
- 17% das organizações tiveram contas bloqueadas;
- 73% relataram não ter acesso a cartões de crédito.
A pesquisa mostrou que as fintechs são vistas como uma alternativa mais eficiente, mas com limitações legais para o recebimento de recursos.
O OSC LEGAL Instituto propõe cinco pontos para melhorar o relacionamento com bancos:
- Capacitar atendentes bancários sobre OSCs;
- Reduzir burocracia;
- Criar produtos específicos para OSCs;
- Estabelecer canais de atendimento exclusivos;
- Promover diálogo contínuo com as instituições financeiras.
A Febraban não se manifestou sobre as questões levantadas na pesquisa.