Bancos centrais de Brasil e EUA decidem juros nesta superquarta. Veja o que esperar
Expectativa é de aumento da Selic no Brasil, enquanto o Federal Reserve deve manter juros inalterados nos EUA. Mercado aguarda sinais sobre próximos passos após a superquarta decisiva.
Decisões de juros impactam mercados nesta superquarta (19). Os bancos centrais do Brasil e dos EUA se reúnem para definir taxas de referência.
No Brasil, a expectativa é que o Copom aumente a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, conforme apontam 125 consultorias. Essa seria a maior taxa desde outubro de 2016.
O Termômetro do Copom indica 95% de chance para esse aumento de 1 ponto percentual. O mercado aguarda também possíveis direções futuras do Copom, com incertezas sobre a economia.
Economistas alertam para dados econômicos fracos e inflação acima da meta. O aumento dos juros visa controlar a inflação, mas o enfraquecimento econômico pode diminuir o consumo e a necessidade de taxas altas.
As projeções para a Selic variam de 14,25% a 16,25% ao ano, com expectativa de novas altas em maio, segundo Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.
No Estados Unidos, espera-se que o Federal Reserve mantenha a taxa entre 4,25% e 4,50% ao ano, em meio a incertezas comerciais e geopolíticas.
O sentimento do consumidor americano está em queda, o que levanta preocupações sobre o crescimento econômico e possíveis cortes de juros. Jerome Powell, presidente do Fed, destaca que não há pressa para reduzir as taxas, mas a situação será monitorada de perto.