Bancos suspendem consignado CLT para migração de 4 milhões de contratos

Suspensão do Crédito Consignado pela CLT

Os bancos do país suspenderam a contratação do crédito consignado pela CLT a partir da noite de quarta-feira (20). Essa medida é para que a Dataprev realize melhorias no sistema e transfira 4 milhões de contratos antigos para a nova plataforma do governo federal.

A previsão é que a suspensão dure por dois meses, até novembro. Durante esse período, nenhum contrato poderá ser feito.

Os contratos antigos estão relacionados a funcionários de empresas que já ofereciam a modalidade antes do lançamento do novo modelo, em março, que elimina a necessidade de convênio entre empresas e bancos.

As parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, podendo comprometer até 35% do salário.

Inicialmente, esperava-se que a nova modalidade tivesse taxas de juros menores, mas isso ainda não se concretizou. Em maio, a taxa média do consignado privado foi de 55,6% ao ano, um leve recuo em relação aos 59,1% registrados em abril.

A taxa média do consignado para servidores públicos foi de 24,8% e para beneficiários do INSS, 24,3% ao ano.

Atualmente, o trabalhador pode transferir seu consignado entre bancos caso encontre condições melhores. Com a migração dos contratos, a portabilidade poderá ser feita online, pelo aplicativo oficial, permitindo negociação de redução das taxas de juros.

Dados do MTE mostram que 62,61% das operações do Crédito do Trabalhador foram realizadas por profissionais com renda de até um salário mínimo. Até junho, foram contratados R$ 14,6 bilhões.

• R$ 7 bilhões para quem ganha até quatro salários mínimos;
• R$ 3 bilhões para quem ganha entre quatro e oito salários;
• R$ 4,4 bilhões para salários acima de oito mínimos.

Em média, trabalhadores que ganham até dois salários mínimos contrataram R$ 3.391,60, enquanto aqueles com mais de oito ganharam R$ 9.079,23.