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Bancos veem crédito forte e risco ainda controlado

Bancos brasileiros mostram crescimento de 11,9% no crédito, superando expectativas em meio a juros altos. Lucro líquido combinado sobe para R$ 28,2 bilhões, impulsionado pela expansão da carteira de crédito.

Crescimento do crédito nos grandes bancos brasileiros no primeiro trimestre de 2023, mesmo em um cenário global incerto e com taxas de juros elevadas.

Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil (BB) somaram R$ 4,35 trilhões em operações, representando um aumento de 11,9% em um ano. A comparação com dezembro mostra um crescimento de apenas 0,3%.

O lucro líquido combinado dos quatro bancos foi de R$ 28,2 bilhões, alta de 7,3% em relação ao ano anterior. A margem financeira cresceu 5,8%, atingindo R$ 87,4 bilhões.

O BB teve resultado abaixo dos privados devido à adaptação às novas normas contábeis. Sem ele, o lucro dos bancos privados teria crescido 22,6%.

Executivos se mostraram otimistas para o restante do ano, embora esperem desaceleração no crédito e leve aumento na inadimplência devido à Selic alta, atualmente em 14,75%.

O novo consignado privado pode ajudar a mitigar a desaceleração. Até agora, foram concedidos R$ 10,1 bilhões na modalidade. BB e Caixa lideram a oferta entre grandes bancos.

CEO do Itaú, Milton Maluhy, destacou o papel importante do consignado privado no mercado. A inadimplência inicial deve ser menor que a de créditos pessoais sem garantia.

Apesar de um cenário de inadimplência, a qualidade geral do crédito permanece estável. Executivos, como o CEO do Bradesco, afirmaram estar mantendo o risco sob controle. O agronegócio é um setor que merece atenção em relação à qualidade do crédito, com aumento na inadimplência.

Alguns bancos superaram suas projeções para 2025, mas nenhuma revisão para cima das expectativas está planejada. Maluhy afirmou que a política monetária restritiva já está embutida nas projeções.

Os investimentos em tecnologia continuam altos, com despesas operacionais dos quatro bancos chegando a R$ 46,9 bilhões, alta de 9,2% no primeiro trimestre.

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