Banqueiros do extinto Credit Suisse não deveriam ter sido privados de bônus, define tribunal suíço
Tribunal suíço considera ilegal a proibição de bônus a ex-banqueiros do Credit Suisse após aquisição pelo UBS. Decisão pode levar a novos processos e indenizações para cerca de 1.000 funcionários.
Uma dúzia de ex-banqueiros do Credit Suisse foram ilegalmente privados de seus bônus após a aquisição pelo UBS Group AG, segundo um tribunal suíço.
O Ministério das Finanças emitiu uma ordem após o resgate do banco em março de 2023, cortando bônus dos diretores em 100%, gerentes em 50% e de funcionários em 25%.
O tribunal decidiu que a ordem do governo foi errada, o que pode abrir precedentes para aproximadamente 1.000 funcionários buscando indenizações.
Segundo o tribunal, o ministério e o UBS não conseguiram provar que os gestores em questão causaram riscos financeiros ao Credit Suisse.
A decisão ainda pode ser discutida na Suprema Corte Suíça; o ministério está considerando um recurso.
Após escândalos, a diretoria do Credit Suisse renunciou à remuneração variável imediatamente após a aquisição. No último ano independente, a remuneração foi de 2,76 bilhões de francos suíços.
A ordem de cancelamento dos bônus ainda não pagos totalizou 62 milhões de francos.
O tribunal considerou a proibição de pagamentos desproporcional e com base em uma aplicação incorreta da Lei Bancária Suíça.
Em breve, o governo decidirá se mudará as leis sobre devolução de bônus, com votação prevista para 6 de junho.
Outros quatro casos estão suspensos até a decisão final do tribunal, que pode levar a mais reivindicações de ex-banqueiros.