Banqueiros do HSBC são demitidos no dia que saberiam valor do bônus de 2024 e ficam sem a gratificação
HSBC inicia demissões em seu setor de banco de investimento e nega bônus a muitos dispensados. A reestruturação representa uma estratégia de corte de custos em meio a uma mudança significativa na liderança e abordagem do banco.
Demissões no HSBC: Banqueiros de investimento foram dispensados na mesma data em que receberiam informações sobre seus bônus para 2024. Muitos não receberam a bonificação, indicando uma postura mais rigorosa da nova direção de Georges Elhedery.
No mês passado, o banco anunciou demissões na unidade de investimento no Reino Unido. Essa reestruturação coincide com a decisão de encerrar atividades de consultoria em fusões e aquisições, e reduzir o negócio de mercados de capitais fora da Ásia e Oriente Médio.
Embora alguns banqueiros esperassem receber parte de seus bônus, muitos que foram demitidos, especialmente os de nível de vice-presidente e acima, não receberam nada.
Isso é considerado incomum para o HSBC, que historicamente zelava por seus funcionários. A instituição não comentou o assunto.
Outros bancos costumam pagar bônus mesmo para aqueles que foram dispensados em processos de reestruturação.
Iniciativas de Elhedery: O novo CEO visa cortar custos significativamente, com uma meta de economizar US$ 300 milhões até 2025 e US$ 1,5 bilhão anuais até 2024. Apesar dos desafios, o banco de investimento é visto como crucial para manter relacionamentos com clientes na Ásia e Oriente Médio.
A reestruturação inclui fusão de unidades, eliminação de níveis gerenciais caros e a recente separação das operações em "mercados orientais" e "mercados ocidentais".
O HSBC enfrenta pressão para cortar custos com a diminuição do ímpeto das taxas de juros. Sua receita líquida de juros caiu no último ano.
Em um pacote proposto, Elhedery pode receber até 15,3 milhões de libras, podendo chegar a 19,8 milhões de libras se as ações subirem significativamente. Isso representa um aumento substancial em comparação ao seu antecessor, Noel Quinn, cuja remuneração em 2023 foi de 10,6 milhões de libras.