Bar de champanhe de Nova York vai lidar com tarifas de Trump com doses menores
Bar de champanhe em Nova York considera servir menos vinho francês para evitar aumentos de preços. Proprietário busca alternativas e destaca a transparência com os clientes diante das incertezas tarifárias.
Nova York: Um bar de champanhe enfrenta mudanças devido a tarifas sobre produtos europeus.
Hervé Rousseau, proprietário do Flûte Bar, planeja servir 10% menos por taça de vinhos franceses para evitar aumento de preços e manter a transparência com os clientes. Ele comunicará isso através de Reels no Instagram.
No início da semana, Donald Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas “tarifas recíprocas”, mas uma tarifa de 10% ainda está em vigor. Rousseau pretende reduzir a quantidade servida, caso uma tarifa de 20% sobre produtos da UE seja implementada.
O Flûte obtém cerca de 75% do seu estoque da Europa, principalmente da França. Até o momento, o bar não sentiu o impacto das tarifas, mas espera uma pressão crescente quando o estoque atual acabar.
Rousseau não está excessivamente preocupado com as tarifas, lembrando que o bar já enfrentou crises em seus 27 anos. Ele destaca que, se a economia for afetada, a situação pode piorar.
Como alternativa ao champanhe, o bar planeja promover o Intîme, um espumante exclusivo feito com gengibre orgânico, e apostar em coquetéis de champanhe, mantendo a estabilidade de preços.
Se os preços de grandes casas de champanhe aumentarem, Rousseau pode repassar parte do custo, mas isso representa uma oportunidade para se conectar mais com os clientes, oferecendo mais contexto e histórias sobre os vinhos.
Setores de vinho e destilados já se preparavam para incertezas. A ameaça de tarifas de 200% sobre vinhos europeus havia causado interrupções nas compras, mas a pressão diminuiu após a UE retirar a tarifa sobre o uísque.