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Barroso diz que mentira é usada como estratégia política e defende regulamentação das redes

Luís Roberto Barroso destaca os perigos da desinformação e a radicalização nas redes sociais durante aula na UERJ. O ministro defende a regulamentação das plataformas para combater a propagação de conteúdos falsos sem comprometer a liberdade de expressão.

Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou em aula magna na UERJ, no Rio de Janeiro, que a mentira e conteúdos falsos são usados como estratégia política.

Ele afirmou que a revolução digital trouxe avanços, mas também gerou desinformação e tribalização. Barroso comentou: “Da mesma maneira que se democratiza o acesso [digital], também se abre para a desinformação”.

O ministro apontou que os algoritmos das redes sociais intensificam a criação de bolhas e radicalização. Ele destacou: “As plataformas digitais, auxiliadas pela inteligência artificial, direcionam a cada usuário as notícias, ideias e opiniões que correspondem aos seus interesses.

Barroso observou que isso leva as pessoas a se tornarem intolerantes e que a intolerância pode resultar em violência: “As pessoas perdem a capacidade de se comunicar”.

Além disso, ele mencionou a perda de espaço da imprensa profissional, o que resulta na criação de narrativas pessoais e na disseminação de desinformação.

Barroso defendeu a importância de espaços onde as pessoas possam compartilhar fatos e divergir a partir deles: “As pessoas têm direito à sua própria opinião, mas não ao seu próprio fato”.

O presidente do STF também pediu a regulamentação das redes sociais para conter a disseminação de notícias falsas, alertando que “conteúdos inautênticos precisam ser reprimidos” para proteger a democracia.

Por fim, ele enfatizou a necessidade de preservar a liberdade de expressão: “Ninguém deve ter o poder absoluto de dizer o que alguém pode ou não falar”.

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