Barroso frustra Bolsonaro e vota por Moraes, Zanin e Dino no julgamento do golpe
Ministro do STF afirma que defesas de Bolsonaro e generais não apresentaram provas suficientes para justificar suspeição dos ministros responsáveis pelo julgamento. A análise dos recursos ocorre em sessão extraordinária com prazo até quinta-feira, 20, e antecede o julgamento da denúncia programado para 25 de março.
Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira, 19, contra os recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes.
O objetivo dos recursos era excluir os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento da denúncia do golpe. Barroso afirmou que não foram comprovados os impedimentos alegados, ressaltando que não houve “concreta demonstração da parcialidade”.
Ele destacou: “Alegações genéricas e desacompanhadas de prova não se prestam para a caracterização do alegado impedimento”.
A votação dos recursos está ocorrendo em uma sessão extraordinária no plenário virtual do STF, com término previsto às 23h59 de quinta-feira, 20. O julgamento da denúncia contra Bolsonaro e seis outros acusados está agendado para 25 de março na Primeira Turma do STF.
Recursos em julgamento:
- Mário Fernandes: pediu a suspensão do ministro Flávio Dino, alegando que ele era ministro da Justiça em 8 de Janeiro;
- Bolsonaro: alegou a suspeição de Flávio Dino devido a uma queixa-crime por calúnia e difamação contra ele;
- Bolsonaro: também questionou o impedimento de Cristiano Zanin por ele ter subscrito uma notícia-crime contra o ex-presidente quando era advogado;
- Braga Netto: questionou a imparcialidade de Alexandre de Moraes, mencionando a denúncia envolvendo uma suposta operação para executá-lo durante o golpe.