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Barroso: “Não é o Supremo que se mete no mundo, é o arranjo institucional”

Barroso destaca que a ampla atuação do STF reflete o arranjo institucional brasileiro, e não uma busca ativa por se envolver em diversas questões. Ele ressalta que a Constituição permite que diversos atores levem questões ao Supremo, ampliando seu campo de atuação.

Ministro Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), falou sobre o papel da Corte em Brasília nesta quarta-feira (7).

Em evento com empresários, Barroso afirmou que o envolvimento do STF em diversos temas é resultado do “arranjo institucional do Brasil”, e não uma interferência proativa.

O ministro destacou que a amplitude da Constituição e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) atraem uma variedade de questões ao Supremo, tornando-o um destino frequente para demandas.

Barroso esclareceu: “Não é o Supremo que se mete no mundo. É o arranjo institucional brasileiro que faz com que tudo chegue ao Supremo.” Ele ressaltou a competência criminal do STF, que inclui temas com grande atração midiática.

O presidente do STF também ressaltou que diversas entidades, como o presidente da República, governadores e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), podem levar ações diretamente ao Supremo. Ele mencionou que só interesses realmente irrelevantes deixam de ser levados à Corte.

Barroso abordou a diversidade de temas já tratados pelo STF, incluindo:

  • Demarcação de terras indígenas
  • Pesquisas com células-tronco
  • Questões ambientais, como desmatamento e queimadas
  • Processos criminais de alto apelo midiático

Dentre os pontos discutidos, Barroso destacou a missão do STF como guardião da Constituição e reforçou que a variedade de temas é um reflexo do modelo jurídico e político brasileiro.

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