Barroso rebate Trump em carta e diz que sanções são fundadas em 'compreensão imprecisa dos fatos'
Barroso defende o papel do STF e rebate críticas de Trump em carta. O ministro destaca a importância da justiça independente e a liberdade de comunicação no Brasil atual.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, criticou as sanções dos Estados Unidos, afirmando que se baseiam em uma compreensão imprecisa dos fatos no Brasil e que, atualmente, "não se persegue ninguém".
Barroso fez a declaração em uma carta, sem citar diretamente o presidente Donald Trump, em resposta às críticas sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump chamou o julgamento de "desgraça internacional" e pediu para que a caça às bruxas terminasse.
O ministro destacou ocorrências desde 2019, como:
- tentativas de atentado no aeroporto de Brasília;
- invasão da sede da Polícia Federal;
- acusações de fraude eleitoral;
- acampamentos pedindo a deposição do presidente eleito.
Barroso lembrou ainda que a PGR denunciou uma tentativa de golpe que incluía planos de assassinato de líderes do governo, que será julgado pelo STF.
O presidente do STF afirmou que o tribunal atuará independente e baseado em evidências, responsabilizando culpados e absolvendo inocentes. Ele ressaltou a liberdade de imprensa no Brasil e a solução moderada adotada em relação à regulação das plataformas digitais.
Barroso concluiu lembrando que, ao contrário das ditaduras do passado, a justiça está sendo realizada com base no contraditório e nas provas.