Base de Lula ameaça fuga de CPI do INSS e alerta Planalto sobre risco de quebras de sigilo
Aliados de Lula se afastam da CPI do INSS após derrota do governo e temem quebras de sigilo. Movimentação inclui senadores de partidos como PSD, MDB e PT, em busca de evitar repercussões negativas a um ano das eleições.
Líderes governistas e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva planejam sair da CPI do INSS. Quatro senadores e um deputado já comentaram sua intenção de abandonar a comissão, considerando o cenário “totalmente imprevisível” e temendo riscos com quebras de sigilo.
A "rebeldia" aconteceu após a oposição assumir o comando da CPI. Os movimentos de saída envolvem partidos como PSD, MDB e PT. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) já solicitou sua substituição, com o líder do partido também demonstrando interesse em sair.
No PSD, o líder Otto Alencar (BA) e o senador Omar Aziz (AM) buscam deixar a comissão. No PT, um deputado de “alta gramatura” não quer participar de uma CPI liderada por um bolsonarista, devido às repercussões negativas a um ano das eleições.
Omar Aziz, que poderia presidir a CPI, criticou a falta de articulação do Planalto e a derrota sofrida na abertura da comissão. Os governistas veem a escolha do deputado Alfredo Gaspar (União-AL) para relatar a CPI como um erro. Ele se identifica como de “direita, com muito orgulho” e promete investigar os suportes políticos para as fraudes.
Os governistas inicialmente pensavam ter a situação sob controle. O foco era concluir rapidamente os trabalhos, ressaltando que os descontos ilegais começaram em 2016, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Apesar da expansão dos casos no governo Lula, a administração tomou medidas ao descobrir a fraude.
No entanto, os governistas estão preocupados com as possíveis revelações que as quebras de sigilo podem trazer, criando novos desafios para a gestão, mesmo que a CPI tenha um escopo definido.