Base de Lula ameaça fuga de CPI do INSS e alerta Planalto sobre risco de quebras de sigilo
Aliados de Lula sinalizam saída da CPI do INSS após derrota política. Senadores e deputados demonstram preocupação com possíveis consequências e falta de articulação do governo na comissão.
Líderes governistas e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva planejam abandonar a CPI do INSS.
Pelo menos quatro senadores e um deputado já manifestaram desinteresse em participar, considerando o cenário “totalmente imprevisível” e com riscos adicionais ligados a quebras de sigilo.
A oposição agora comanda a CPI, levando à “rebeldia” da base, que inclui partidos como PSD, MDB e PT. O senador Renan Calheiros pediu para ser substituído, e seu líder, Eduardo Braga, também deseja sair.
No PSD, o senador Otto Alencar e o senador Omar Aziz seguem pelo mesmo caminho. No PT, um deputado de perfil significativo recusou integrar a CPI, por considerá-la “relatada por um bolsonarista imponderável”.
O senador Omar Aziz criticou a falta de articulação do Planalto. Ele apontou o líder do governo, Randolfe Rodrigues, como responsável pela situação atual.
A escolha de Alfredo Gaspar como relator da CPI foi considerada “a pior escolha possível” por ministros e congressistas. Gaspar, que se identifica como de direita, tem experiência em investigações e deseja apurar quem apoiou os descontos fraudulentos.
Os governistas temem que as quebras de sigilo possam trazer novos problemas para o governo, apesar do escopo definido da CPI. O vazamento de dados é uma preocupação constante.
O governo tinha confiança de que a CPI estava sob controle, mas o cenário se tornou desfavorável, especialmente dado o histórico de descontos ilegais que afetam o INSS, iniciados em governos anteriores e agora sob investigação.