Base na Groenlândia que será visitada por Vance é uma das mais estratégicas para os EUA; entenda
Base Espacial Pituffik, um dos pontos estratégicos para a defesa dos EUA, recebe delegação de alto nível em meio à crescente importância da instalação. A estrutura, que atua na vigilância espacial e detecção de mísseis, é essencial para a segurança na era de novas ameaças bélicas.
Base Espacial Pituffik, anteriormente conhecida como Base Aérea de Thule, está localizada no noroeste da Groenlândia e é uma instalação militar crucial dos EUA.
O analista Peter Ernstved Rasmussen a descreve como "o olho mais remoto da defesa americana", capaz de detectar lançamentos de mísseis e ativar sistemas de defesa.
Uma delegação de alto nível, incluindo o vice-presidente J. D. Vance, visitará a base esta semana, destacando sua importância estratégica.
Cerca de 150 membros da Força Aérea e da Força Espacial dos EUA estão permanentemente baseados em Pituffik, lidando com defesa antimísseis e vigilância espacial. Durante o verão, a Guarda Aérea Nacional de Nova York envia cerca de 70 membros para apoiar missões científicas.
A presença militar dos EUA na Groenlândia remonta à Segunda Guerra Mundial, quando ajudaram a construir defesas após a ocupação nazista da Dinamarca.
A base tornou-se um posto avançado durante a Guerra Fria, com bombardeiros americanos alcançando a União Soviética e sistemas de radar detectando mísseis.
Um projeto secreto, Camp Century, tentou testar o lançamento de mísseis nucleares sob a superfície, mas foi abandonado devido à instabilidade do gelo. Restos contaminantes ainda permanecem enterrados.
Em 1953, cerca de 130 inuits foram realocados forçadamente de suas casas. A compensação tardia não aplacou o ressentimento da comunidade.
Pituffik, que significa "o lugar onde amarramos nossos cães", fica a 1.200 km do Polo Norte. A estação tem funcionamento contínuo, com acesso via navios durante o verão.
A base é essencial em uma rede global de defesa e é vital para monitorar novas ameaças, como mísseis hipersônicos.
Com os sensores de Pituffik sendo cruciais para detectar lançamentos do Ártico, soluções como lasers não são eficazes na região, devido às condições atmosféricas.
Fontes militares sugerem que o papel de Pituffik expandirá, podendo funcionar como unidade de preparação avançada e linha de comunicação.