Basf acelera metas de descarbonização para evitar riscos climáticos

Incidente de incêndio em Guaratinguetá

Na manhã de 21 de março de 2024, Guaratinguetá, SP, registrou calor extremo, com temperaturas previstas de 35ºC. A equipe de emergência da Basf notou uma "fumacinha" saindo de um dos isotanques, um sinal de risco de explosão devido ao estireno, material inflamável. A temperatura da carga ultrapassou os 30ºC, o que levantou preocupações.

Os bombeiros agiram rapidamente, resfriando o isotanque e transferindo o conteúdo para uma bacia de emergência. Segundo Bert Neumeier, diretor da Basf, o problema foi causado pela rápida diminuição da concentração do inibidor na mistura, elevando a temperatura interna.

A Basf está acelerando a avaliação de riscos climáticos, prevendo que a cidade terá entre 35 e 40 dias de calor extremo até 2050, impactando armazenamentos de matérias-primas. Estão sendo investidos R$ 3,5 milhões em resfriamento de tanques e conforto térmico para funcionários.

Outro investimento significativo é a implantação de uma caldeira elétrica, com R$ 41 milhões alocados, que deverá reduzir as emissões de CO2 em 25% até 2026, antecipando metas globais da empresa. A caldeira utilizará energia renovável e gerará 60% do vapor necessário para a fábrica, a maior da Basf na América Latina, inaugurada em 1959.

A Basf em Guaratinguetá é também proativa em relações comunitárias, com um Conselho Comunitário Consultivo e um serviço de emergências para monitoramento ambiental. O projeto Mata Viva, iniciado em 1984, plantou mais de 360 mil árvores e ocupa 157 hectares, contribuindo para a biodiversidade local.

A empresa opera uma estação de tratamento de efluentes, com capacidade de tratar 400 m³/h, e conseguiu implementar um projeto de “Aterro Zero”, utilizando restos de produção para fabricar briquetes, seguindo a economia circular.

Conclusão: A Basf em Guaratinguetá implementa melhorias significativas em suas operações e relações comunitárias, visando a segurança ambiental e sustentabilidade.