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Bastidores: silêncio da oposição foi a maior arma para derrotar governo na CPMI do INSS

Oposição se une e surpreende base governista em nova vitória na CPMI do INSS. Randolfe Rodrigues enfrenta críticas e pode perder apoio após derrota acachapante.

Silêncio da oposição foi decisivo para a derrota do Palácio do Planalto na abertura da CPMI do INSS, em 20 de setembro. O resultado é considerado a vitória mais expressiva dos bolsonaristas este ano.

A derrota levou a base governista a pedir a cabeça de Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso. Ele chegou atrasado à reunião, mas deve manter o cargo. O senador Omar Aziz (PSD-AM) criticou Randolfe, mas ambos não comentaram.

A oposição, sabendo da união do Centrão, adotou uma estratégia silenciosa, evitando o erro da anistia do 8 de janeiro. Conseguiram eleger Carlos Viana (Podemos-MG) e Alfredo Gaspar (União-AL) como presidente e relator da CPMI.

Os opositores se reuniram para montar suas estratégias, surpreendendo a base governista desmobilizada. Randolfe chegou à reunião após o início dos trabalhos, mas sem poder mudar a situação.

A articulação foi liderada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN). A ausência de Randolfe gerou críticas entre os governistas, que agora pressionam Lula por uma ação disciplinar.

Ainda assim, é provável que Randolfe permaneça no cargo, já que Lula costuma apoiar aliados em situação de pressão. Entretanto, Randolfe foi convocado para reuniões de emergência com líderes petistas, buscando explicações sobre a situação na comissão.

Omar Aziz, que presidirá a CPMI, é aliado de Lula e fez parte do comitê de apoio na CPMI do 8 de janeiro, enquanto Hugo Motta selecionou um relator alinhado ao governo.

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