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BB, com 808 clientes do agro em recuperação judicial, revisa estratégia para o setor

Banco do Brasil anuncia novas estratégias para recuperar rentabilidade após queda de 60% no lucro. A diretoria destaca a recuperação de créditos do agronegócio e busca mudanças na regulação do Banco Central como prioridades.

Banco do Brasilrecuperação para 2025 após queda de 60% no lucro, totalizando R$ 3,8 bilhões.

A diretoria destaca mudanças na estratégia, focando na recuperação de 808 clientes do agronegócio que estão em recuperação judicial. A instituição será mais proativa, inclusive utilizando recursos judiciais.

Marco Geovanne Tobias da Silva, vice-presidente, comenta sobre o foco na recuperação devido ao agravamento da inadimplência, especialmente no setor rural. A inadimplência aumentou devido a secas e enchentes.

Das 20 mil contas de clientes com mais de 90 dias em atraso, 74% nunca haviam sido inadimplentes até 2023. A maioria dos clientes em recuperação judicial são grandes produtores atendidos pelo private banking.

Tarciana Medeiros, presidente do BB, alerta sobre a má orientação de advogados que incentivam inadimplência e recuperação judicial, e avalia ações legais contra esses escritórios.

Banco também firmou acordo com a AGU e CNJ para combater a litigância abusiva e proteger clientes.

O BB defende alterações na regulação 4966 do Banco Central, que impactou o resultado ao aumentar a provisão de perdas. Tarciana destaca a complexidade dos créditos de longo prazo no agronegócio.

As ações do BB operam em alta de 1% após a nova política. O banco reduziu o payout de 45% para 30%, visando flexibilidade de capital.

Sobre o impacto do tarifaço de Donald Trump, o BB prevê um efeito pequeno de 0,2% a 0,3% da carteira de crédito.

A estratégia inclui foco em crédito para pessoa física, onde a margem de lucro é maior. Tarciana expressa confiança no cargo: "Não há pressão por mudanças no BB".

A presidente não se afeta por ataques homofóbicos, usando-os como combustível pessoal.

Informações adicionais:

  • Fundação: 1808
  • Agências: 3.997
  • Funcionários: 85.959
  • Competidores: Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Nubank e Caixa Econômica Federal
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