BB não vai desacelerar o crédito mesmo após ‘surpresa negativa’ no balanço, diz CEO

Banco do Brasil (BBAS3) mantém ritmo de concessão de crédito, apesar de queda de 20% no lucro líquido, que totalizou R$ 7,37 bilhões no 1º trimestre de 2025. A CEO, Tarciana Medeiros, ressalta que não haverá restrições a clientes com perfil adequado.

A inadimplência na carteira do agronegócio subiu para 3,04%, enquanto a inadimplência total aumentou de 2,90%3,86%. O agronegócio enfrenta desafios devido a recuperações judiciais e queda nas cotações de grãos.

A resolução CMN 4.966 aumentou provisões em R$ 1 bilhão, impactando principalmente o agronegócio, que possui prazos mais longos para pagamento. O banco planeja discutir um tratamento diferenciado com o Banco Central.

Apesar do aumento na inadimplência em todos os setores, 96% dos clientes do agro estão adimplentes, com pressão vinda de apenas 4% da base. Expectativa é de estabilização da carteirinha nos próximos trimestres, especialmente após a safra recorde de 2025.

No setor de pessoa física, a inadimplência subiu de 4,77% para 5,10%, e na jurídica, de 3,19% para 4,06%. O banco continua otimista e planeja expandir sua atuação no empréstimo consignado privado.

Ações do Banco do Brasil caíram 12,69% após o balanço, mas acumulam ganhos de 7% em 2025. O banco revisitará suas metas para margem financeira, custo de crédito e lucro líquido ao longo do ano.