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BBA prevê desaceleração do mercado e reitera recomendação neutra para PagBank e Stone

Itaú BBA vê desafios à vista para PagBank e Stone, com previsões de desaceleração de volumes e perda de participação. O foco do banco se volta para oportunidades no setor de mercados de capitais, diante de um cenário econômico em mudança.

Itaú BBA revisou suas estimativas para PagBank (BDR: PAGS34) e Stone (BDR: STOC31), mantendo a recomendação de desempenho em linha com o mercado.

Após um início de ano favorável, o cenário para o setor deve se tornar menos propício, com desaceleração nos volumes devido ao impacto de churn e uma economia em enfraquecimento.

A nova fase pode levar a perdas de participação de mercado e queda nas margens, impulsionada pela intensa concorrência, especialmente com bancos tradicionais e Mercado Pago.

O preço-alvo das ações foi definido em US$ 14 para a Stone e US$ 11 para a PagBank, sugerindo potencial limitado de valorização.

Embora a discussão sobre o teto de interchange possa aliviar custos, o BBA considera prematuro incorporá-la nas projeções devido às incertezas envolvidas.

O Itaú BBA estima que uma redução de 10 pontos-base nas taxas de interchange poderia aumentar o lucro de ambas em cerca de 8%, sem repasse ao cliente.

As projeções mantêm expectativa de crescimento em dois dígitos para 2023, de acordo com o guidance das empresas e o consenso de mercado.

Para 2025, a Stone é vista a 8 vezes P/L e a PagBank a 6 vezes P/L, considerados patamares justos.

Nos próximos trimestres, as receitas enfrentarão duas pressões: a aplicação dos novos preços e a redução gradual do volume de clientes em busca de alternativas.

A PagBank poderá experimentar desaceleração maior nos volumes, enquanto a Stone deve registrar crescimento moderado.

Embora o aumento dos take rates possa melhorar a receita a curto prazo, as ações para ganhar mercado podem impactar as margens no futuro.

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