BBI aposta no modo “Trump sempre amarela” e vê 3 razões de ânimo com ações do Brasil
Estratégistas do Bradesco BBI acreditam que Trump deve recuar em suas ameaças tarifárias, mantendo uma perspectiva positiva para o Brasil. Apesar de riscos no cenário internacional, os analistas apostam em uma recuperação das ações brasileiras.
Donald Trump pode não efetivar a ameaça de tarifas de 50% ao Brasil, segundo os estrategistas do Bradesco BBI.
O BBI acredita que Trump agirá como em suas atitudes recentes, onde o "latido tarifário" é maior que a "mordida". Eles nomearam este padrão como TACO, ou “Trump Sempre Amarela”.
Apesar de preocupações sobre tarifas mais altas, os analistas lembram das lições das tarifas implementadas anteriormente, onde ações emergentes se recuperaram após um desempenho negativo inicial.
Os três motivos para otimismo são:
- Economia fechada: O Brasil tem baixa relação exportações/PIB, com apenas 11% das exportações indo para os EUA.
- Ciclo econômico: Uma desaceleração modesta beneficiaria o ciclo econômico brasileiro e a inflação.
- Mercado barato: O Brasil é o principal mercado de ações mais barato, com o real subvalorizado.
No entanto, existem riscos:
- Possível estagnação nos fluxos de entrada de investidores estrangeiros.
- Incerteza nas reações das pesquisas eleitorais até 2026.
Os estrategistas mantêm uma postura overweight em ações brasileiras, focando em investimentos sensíveis à taxa de juros e empresas estatais. Eles consideram essa dinâmica como uma “história de autoajuda doméstica”.