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BBI corta exposição em Argentina e eleva no Chile com foco em câmbio e eleições

Bradesco BBI revisa outlook para Argentina e Chile, elevando recomendação para o segundo e cortando exposição ao primeiro. A análise destaca riscos econômicos na Argentina e sinais de recuperação no Chile, impulsionados por investimentos e estabilidade política.

Bradesco BBI atualiza avaliação dos mercados da Argentina e Chile para o segundo semestre de 2023.

A recomendação para o Chile foi elevada para overweight (acima da média de mercado), enquanto a Argentina teve a exposição cortada para neutra.

Na Argentina, o risco de escassez de dólares é uma preocupação central. A valorização do peso argentino (ARS) ocorre mesmo com:

  • Aumento de 44% nas importações
  • Deficit na conta turismo de US$ 3,4 bilhões (2% do PIB anualizado)

O BBI destaca:

  • Exportações de petróleo cresceram 10% este ano.
  • País perdeu mais de US$ 5,6 bilhões em reservas no primeiro trimestre.
  • Investimento estrangeiro direto (IED) insuficiente para cobrir o déficit externo.

Na política, o partido La Libertad Avanza (LLA) lidera as intenções de voto com 38,3%, seguido pelo kirchnerismo e peronismo tradicional. A eleição em Buenos Aires será crucial.

O risco-país permanece em 700 pontos-base, e a recuperação econômica está lenta, com liquidez limitada no sistema financeiro. O calendário de vencimentos de dívida entre 2023 e 2029 preocupa, excedendo 3% do PIB ao ano.

Para o Chile, a recomendação é elevada devido a:

  • Expectativas eleitorais e recuperação de investimentos.
  • Projeções de IED de US$ 67,6 bilhões (cerca de 20% do PIB até 2029).

O BBI também ajustou a matriz de cenários para o mercado chileno:

  • Cenário 3 (finanças estáveis) com 40% de chance.
  • Cenário 1 (juros altos) subiu de 10% para 25% de chance.

A probabilidade de vitória da direita é acima de 60%, prevendo valorização entre 15% e 48% das ações chilenas.

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