BC acertou ao subir juros em 2024 e, agora, manter flexibilidade é prudente, diz FMI

FMI defende a alta de juros no Brasil como medida necessária para controlar a inflação e ressalta a importância de manter flexibilidade na política monetária. Além disso, destaca o avanço do Banco Central em inovação financeira com o sucesso do sistema Pix e os testes da nova moeda digital Drex.

FMI considera mudança na política monetária do Brasil apropriada

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a mudança para um ciclo de aperto da política monetária em setembro de 2024 foi adequada, visando o retorno da inflação e das expectativas à meta de 3%.

Esse posicionamento se dá em um contexto de maior incerteza global e com expectativas de inflação acima da meta, tornando prudente a flexibilidade no ritmo e na duração do ciclo de alta.

Daniel Leigh, líder da equipe do FMI, destacou que:

Expectativas de inflação de curto e médio prazo estão acima da meta.
O hiato do produto está em crescimento, apoiando as altas de juros do Banco Central do Brasil (BCB).

A equipe do FMI conduziu discussões para a Consulta do Artigo IV de 2025 no Brasil entre 20 de maio e 2 de junho de 2025.

Leigh também comentou sobre os avanços do BCB em inovação financeira:

O Pix representa 49% dos pagamentos eletrônicos no Brasil, refletindo seus baixos custos.
A Moeda Digital do BCB, chamada Drex, está na segunda fase de testes com integração a plataformas externas.