BC ainda não considera impactos do novo consignado privado em suas projeções, diz Galípolo
O presidente do BC destaca que o novo crédito consignado tem efeitos estruturais e pode impactar a inflação. A autoridade monetária ainda analisa as implicações das novas medidas sobre a economia.
Presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária ainda não considera os impactos do novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado em suas projeções.
A declaração foi feita em uma entrevista coletiva após o Relatório de Política Monetária (RPM) na sede do BC, em Brasília.
A demanda pelo novo consignado privado, lançado em 21 de setembro, gerou preocupações no mercado financeiro, temendo uma aceleração da atividade econômica, o que poderia aumentar a pressão inflacionária e dificultar os esforços do BC para controlar a inflação. Isso resultou em alta dos juros futuros.
Galípolo destacou que as estimativas de impacto variaram bastante, inicialmente apontando efeitos mais significativos, mas depois indicando impactos menores.
O BC ainda investiga quanto do novo crédito representa fluxo novo em comparação a troca de dívida. Também estão avaliando como esses efeitos se desdobrarão ao longo do tempo.
Além disso, Galípolo mencionou que as mudanças no saco-aniversário do FGTS já estão sendo consideradas nas projeções do BC, mas a isenção do Imposto de Renda para pessoas com renda de até R$ 5 mil ainda não foi incluída, pois é necessário entender o desenho final do projeto.