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“BC deu guidance de zero e quis dizer que não adianta colocar corte rápido”, diz Exploritas

Com o aumento da Selic para 15%, Copom sinaliza possível fim do ciclo de aperto monetário. Economista aponta que flexibilização pode ocorrer em dezembro, dependendo do cenário econômico.

Copom eleva a Selic em 0,25 ponto, atingindo 15%, e sinaliza interrupção do ciclo de aperto monetário.

O economista-chefe da Exploritas, Andrei Spacov, acredita que a mensagem primária é mais forte do que a inclusão da palavra "bastante" no comunicado, que afirma manter uma política “significativamente contracionista por período bastante prolongado”.

Spacov destaca que o BC pode elevar os juros novamente apenas se houver mudanças significativas no cenário econômico.

“A sinalização de zero [de alta] é mais forte”, afirma. Ele observa que o tom atual do BC é mais “hawkish”, priorizando um aperto monetário, enquanto não houver sinalização de cortes.

O economista prevê que o BC pode iniciar a flexibilização monetária em dezembro, com cortes de 0,50 ponto, reduzindo a Selic para 14,50% até o fim do ano.

Spacov considera que o atual nível da Selic é elevado, proporcionando suporte para o real. “É possível que o câmbio ameace chegar a R$ 5”, afirmou, lembrando que o alto carrego pode atrair capital.

Ele também acredita que o comunicado poderá promover uma abertura dos vértices mais curtos da curva, enquanto os juros longos devem recuar. “O mercado deve ter uma reação positiva: juros longos devem fechar e a bolsa deve subir. É um efeito de fim de ciclo normal.”

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