BC deve elevar juros a patamar da crise do governo Dilma hoje, mas próximos passos são dúvida
Banco Central eleva a Selic em nova tentativa de controlar a inflação. Expectativas indicam que a alta pode continuar, mas decisões futuras permanecem incertas diante da volatilidade econômica global.
Banco Central deve elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual nesta quarta-feira, marcando a terceira alta consecutiva. A taxa passará de 13,25% para 14,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2016.
A decisão busca controlar o aumento de preços, com o IPCA atual em 5,06%, muito acima da meta de 3,0%. O Copom manteve a sinalização de novos aumentos, mas sem compromissos, aguardando um cenário econômico mais claro.
A expectativa é de que a Selic atinja 15% até o meio do ano, com possíveis aumentos de 0,75 pp em maio e 0,25 pp em junho, segundo a equipe do C6 Bank. Outras análises indicam que o cenário econômico interno continua incerto, com elementos de pressão inflacionária.
A valorização do real pode ajudar a reduzir a projeção do IPCA, enquanto as expectativas de inflação para 2025 subiram de 5,50% para 5,68%. Economistas permanecem atentos a pistas do BC sobre futuros passos.
Pressões inflacionárias permanecem, especialmente nos preços de serviços, enquanto a atividade econômica mostra sinais de enfraquecimento. O cenário fiscal continua sendo uma preocupação, exigindo cautela na política monetária.