BC do Japão sinaliza pausa prolongada nos aumentos de juros

Empresas japonesas lidam com as tarifas dos EUA com tranquilidade, mas Banco do Japão expressa preocupação com um possível impacto da queda da demanda global.

Apesar de alguns atrasos em planos de gastos de capital, as exportações e a produção não foram materialmente afetadas, conforme resumo de reunião trimestral.

Os gerentes expressaram receio com o aumento dos preços de venda nos EUA e a desaceleração econômica global.

As empresas ainda não compreendem totalmente o impacto das tarifas devido a rápidas mudanças na política comercial de Donald Trump. Aumento das tarifas de 10% para 25% sobre produtos japoneses pode acontecer se não houver acordo comercial até 1º de agosto.

O resumo influenciará a próxima reunião de política monetária em 30 e 31 de julho, onde novas previsões serão emitidas.

Após um aumento na taxa de juros para 0,5% em janeiro, o banco cortou as previsões de crescimento e sinalizou pausa nas altas de juros.

Fluxo de turistas e mercado de trabalho aquecido sustentam o consumo, porém tensões já aparecem com a tarifa de 25% sobre automóveis, levando algumas montadoras a transferir produção para os EUA.

As empresas estão incertas sobre o quanto as tarifas poderão afetar os lucros. Há uma esperança de evitar tarifas enormes, mas isso pode ser complicado.

Perspectivas mistas sobre salários impactarão o próximo aumento de juros, com alguns sugerindo cortes de bônus e outros defendendo aumentos para reter talentos.

A economia japonesa encolheu no primeiro trimestre e as exportações caíram em maio, gerando receios de recessão.

Uma pesquisa da Reuters indica que a maioria dos economistas acredita que o banco central não deve aumentar a taxa de juros este ano.