BC eleva a Selic a 15%, maior patamar desde julho de 2006
Copom eleva Selic para 15% ao ano, o maior nível desde 2006. Decisão unânime reflete incertezas econômicas internas e externas, além de riscos de inflação elevado.
Copom aumenta Selic para 15%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros de 14,75% para 15% ao ano. Esta é a maior taxa desde julho de 2006, após sete elevações seguidas desde setembro de 2024. A decisão foi unânime.
As expectativas de 126 instituições eram divididas: 62% esperavam que a Selic permanecesse em 14,75%, enquanto 38% aguardavam um ajuste de 0,25 p.p..
O Copom destacou a importância de “cautela” e “flexibilidade” em suas comunicações, especialmente em um cenário de elevada incerteza, agravado por fatores como a política tarifária dos EUA e o conflito entre Irã e Israel.
O Federal Reserve (Fed) manteve sua taxa entre 4,25% e 4,50% pela quarta vez consecutiva, influenciando a decisão do Copom.
No Brasil, o governo apresentou medidas fiscais que inicialmente aumentaram o IOF, mas após reação negativa, recuou parcialmente.
Os indicadores econômicos mostraram uma caiu na projeção do IPCA para 2025, de 5,44% para 5,25%, e a do PIB para 2025 subiu de 2,02% para 2,20%.
O comunicado do Copom mencionou um cenário externo adverso e riscos elevados para a inflação. As expectativas continuam acima da meta de. 3% e futuras decisões dependerão da avaliação dos impactos da taxa atual.
Os membros que votaram pela elevação foram: Gabriel Muricca Galípolo, Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes, e Rodrigo Alves Teixeira.