BC estima inflação de 4,9% no fim de 2025, acima da meta

Banco Central (BC) reduz estimativa de inflação para 2025: caiu de 5,1% para 4,9%. A meta inflacionária é de 3%, com tolerância de 1,5% a 4,5%.

A nova projeção está no Relatório de Política Monetária, o 2º documento deste ano.

Para junho, a inflação deve ser de 5,4% e terminar 2025 em 4,9%, entrando no intervalo da meta apenas no 1º trimestre de 2026, quando projeta 4,2% em março.

A probabilidade de inflação acima do limite em 2025 é de 68%; para 2026, 26%; e para 2027, 17%.

O BC eleva a taxa Selic para 15%% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos. A política monetária influencia a economia até o 4º trimestre de 2026, com expectativa de inflação a 3,6%.

Os preços de alimentos devem ter variações menores no curto prazo devido a fatores sazonais, com expectativa de desaceleração nos preços de alimentos industrializados.

O relatório ainda destaca que a pior situação hídrica elevará a bandeira tarifária de energia elétrica.

A nova abordagem de meta de inflação foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho de 2024, criando a meta contínua de 3% por 36 meses, mantendo o intervalo de tolerância.

A partir de 2025, descumprimentos ocorrerão se a inflação ultrapassar o intervalo por mais de 6 meses, exigindo justificativas em nota e carta ao Ministério da Fazenda.

O relatório visa mostrar o desempenho da meta de inflação, decisões anteriores de política monetária e avaliações futuras.

Importante: O BC deverá publicar uma 2ª carta se a inflação não voltar ao intervalo da meta dentro do prazo determinado.