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BC prepara terreno para ‘buffer anticíclico’

Banco Central estuda implementar buffer anticíclico para fortalecer instituições financeiras. Medida tem potencial para aumentar a estabilidade do crédito e facilitar a política monetária no país.

Banco Central poderá exigir buffer anticíclico para instituições financeiras, uma medida inédita no Brasil.

O buffer anticíclico é uma "poupança" de capital para absorver choques no mercado de crédito, já adotada por diversos países.

Instituída formalmente em 2017, sua taxa tem permanecido em zero até agora.

Na última reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), o BC considerou a aplicação do mecanismo, mencionando experiências internacionais como positivas.

A próxima reunião do Comef ocorrerá em agosto.

A liberação do buffer, em momentos de estresse, ajudaria a manter a fluidez do crédito sem que os bancos precisem reduzir a alavancagem.

Fontes indicam que o BC pode anunciar uma elevação gradual da poupança de capital, o que ajudaria na política monetária e reduzira pressão sobre a Selic.

A maioria das instituições financeiras já possui capital adequado e, com a nova calibragem positiva, os bancos absorveriam perdas sem restringir a concessão de crédito.

Atualmente, 28 países adotam um buffer positivo, incluindo Chile, Austrália, Reino Unido e Suécia.

A implementação do buffer é recomendada pelo Fundo Monetário Internacional e faz parte das políticas do Comitê de Basileia.

O BC indicou que, se adotado, será uma medida gradual, aproveitando a situação confortável de liquidez no sistema financeiro.

A queda do dólar e o alívio inflacionário aumentam as expectativas de uma possível redução da Selic ainda este ano, o que poderia favorecer a implementação do buffer.

Economistas, como Bráulio Borges, defendem que o buffer já deveria ter sido acionado, destacando sua importância como medida macroprudencial.

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