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BC questiona operações de compra de carteiras de consignado entre BRB e Master

Banco Central investiga inconsistências na venda de crédito consignado entre BRB e Banco Master. A operação gera polêmica devido a problemas de liquidez e questionamentos sobre a viabilidade dos ativos envolvidos.

Banco Central investiga venda de crédito consignado

O Banco Central (BC) enviou questionamentos ao BRB e ao Banco Master sobre a venda de carteiras de crédito consignado, após detectar inconsistências nas transações do final do ano passado.

Em 2024, o BRB adquiriu cerca de R$ 8 bilhões em carteiras de crédito do Banco Master, mas o BC está cauteloso quanto à viabilidade do negócio e à qualidade dos ativos envolvidos. As discussões indicam que o regulador quer confirmar que o BRB comprará um negócio viável.

O acordo prevê a aquisição de 58% do capital social do Banco Master pelo BRB. Inicialmente, R$ 23 bilhões de ativos ficariam de fora, mas este número subiu para R$ 33 bilhões após auditorias, incluindo ativos como precatórios e participações problemáticas.

A operação entre os bancos é polêmica devido aos problemas de liquidez do Banco Master. Ele usava captações via CDBs com retornos altos, mas enfrenta desafios com ativos ilíquidos e contribuições ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Até 2024, o Banco Master tinha R$ 12,4 bilhões em CDBs a vencer e um total de R$ 49,8 bilhões em CDBs e CDIs. O FGC tinha uma liquidez de R$ 107,8 bilhões em junho de 2024, levantando preocupações sobre salvaguardas financeiras.

O BRB defendeu a operação como estratégica para seu crescimento, aumentando sua atuação em câmbio e outras áreas financeiras. A venda de ativos privados de Vorcaro ao BTG por R$ 1,5 bilhão foi vista como um passo importante para aumentar a liquidez do Banco Master.

O Banco Master informou que a análise regulatória segue normalmente e não há irregularidades nas transações com o BRB, expressando confiança na conclusão positiva da negociação.

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