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BC vai subir juro de novo? Veja o que economistas esperam da reunião do Copom, que termina hoje

Banco Central aumenta Selic para 14,25% e sinaliza possíveis ajustes menores em encontros futuros. Economistas esperam tom cauteloso no comunicado, refletindo a incerteza econômica e a persistente alta da inflação.

Banco Central deve elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano, o maior nível desde agosto de 2016.

Esta é a confirmação de três altas de 1 ponto percentual previstas na reunião de dezembro do Copom.

Os 26 economistas da Bloomberg esperam que essa previsão se concretize. O foco agora será no comunicado, que deve manter um tom de cautela e destacar o risco de alta da inflação.

Mario Mesquita, do Itaú, acredita que haverá pelo menos um ajuste em maio, mas com menor magnitude. Cassiana Fernandez, do JPMorgan, projeta um Copom mais lacônico nas decisões futuras.

Os contratos de juros futuros indicam uma possível desaceleração das altas para 0,5 ponto percentual em maio e um último aumento de 0,25 ponto percentual em junho, projetando uma Selic de 15%.

Esta será a quinta alta seguida no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta queda nas taxas de aprovação devido à alta dos preços dos alimentos. As expectativas de inflação permanecem acima da meta de 3%, com projeção de 5,66% para o IPCA deste ano.

Analistas destacam:

  • Alberto Ramos, do Goldman Sachs: Ciclo de aperto deve continuar, dependendo de dados.
  • Denis Ferrari, da Kinea: Sem sinalizações precisas para a próxima reunião; depende de dados.
  • Solange Srour, do UBS Global Wealth Management: Comunicado deve ser neutro e dependente da conjuntura.
  • Cristiano Oliveira, do banco Pine: Incerteza global e cautela redobrada diante da inflação.
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