BCE volta a reduzir juros em meio a guerra tarifária de Trump
Banco Central Europeu reduz taxa de juros em resposta às tensões comerciais. Expectativa é de novos cortes até o final do ano, enquanto o crescimento da região desacelera.
BCE reduz taxa de juros para 2,25% em resposta às tensões da guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O corte, anunciado em 17 de abril, é o mais baixo em mais de dois anos e reflete as expectativas sobre o impacto econômico das tarifas de Trump.
O BCE expressou que "as perspectivas de crescimento deterioraram-se" devido a essas tensões, prevendo um aperto nas condições de financiamento.
Trump criticou o Banco Central Europeu, comparando seus cortes de taxas com o Federal Reserve, que manteve as taxas inalteradas em março. Ele afirmou que o presidente do Fed, Jay Powell, está "sempre ATRASADO E ERRADO."
Este é o setor corte do BCE desde junho passado, com operadores prevendo mais reduções até o final do ano.
Após o anúncio, o euro permaneceu estável a US$ 1,135 (R$ 6,66).
Trump adiou suas "tarifas recíprocas" sobre bens da UE por 90 dias, mas banqueiros centrais alertam que as políticas protecionistas continuarão a impactar negativamente a Zona do Euro.
O BCE já enfrenta crescimento mais lento e pressões de preços em desaceleração, tendo reduzido sua previsão de crescimento para 2025 para 0,9%.
A inflação caiu para 2,2%, ligeiramente acima da meta de 2% do BCE, e pode ser ainda mais afetada por queda no preço do petróleo e aumento nas importações chinesas.
Contudo, o aumento dos gastos financiados por dívida na Alemanha e outros países da Zona do Euro pode provocar pressão inflacionária futura.